não é de hoje.

depois de todas as tardes de sol, de chuva, vento e nevoeiro, depois de todas as manhãs, tardes e noite pensei que não haveria segredos, mentiras ou dúvidas. talvez no fundo sempre tenha sabido que tu nunca a deixaste completamente, nunca me viste como a melhor e maior. todos os ciúmes desmedidos, zangas infinitas foram com o vento da manhã em que escrevo sobre ti, sobre o quanto me desiludi e o quanto me vou desiludir se não te deixar á deriva como tu insistes em andar. quando estou a guardar-te insistes em puxar-me para ti, como uma armadura que nunca tiveste, mas já me fartei. protegi-te e queimaste-te comigo ou sem mim, e sabes ? abandonaste-me quando mais precisei de ti, deixaste-me á deriva num mar revoltado e não foi contigo que contei, tive sorte e caiu um anjo no meu barco frágil. tentei procurar-te e nao te encontrei. agora vais para outro mar , adeus, boa viagem.