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01/10/2011


Há dias em que não conseguimos esconder a raiva, o tédio, o descontentamento ou o quanto estamos fartos de alguma coisa ou alguém. Todos nós somos iguais, todos usamos o cérebro como um saco onde vamos acumulando as coisas que boas e más, de onde as boas são absorvidas e as más perdem-se dentro do saco.  Mas vai sempre haver um dia em que o saco vai rebentar, as costuras do nosso pequeno e frágil saco rebentam, cansadas de aguentar com o sofrimento, com a raiva e chatices de todos os dias. Hoje consigo garantir-vos (a quem quer que esteja a ler isto) que o meu saco é como uma bomba em contagem decrescente. Todas as coisas, as pessoas a mais, as atitudes perdidas, as atitudes desnecessárias, as zangas, o passado, o presente e o futuro. Tudo isso enche o meu saco, hoje. 
Finalmente, consigo admitir que me sinto sozinha ... sem ti aqui, mesmo estando rodeada de uma multidão imensa vestida de cores alegres, de passadas apressadas e rostos sérios ou sorridente, sinto-me sozinha. 
Preciso de ti, como preciso de oxigénio a circular-me no sangue preso aos pequenos glóbulos vermelhos, como as gotas de água precisam do sol para se formar o arco-íris, como um pássaro precisa de asas. 
Porque eu só sou eu, quando estou contigo, como um leão só é leão se tiver a sua juba a ondular ao vento ao som de um rugido do fundo dos seus pulmões .